sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Reflexão sobre a violência contra as mulheres

Na foto todas(os) que participaram do lançamento. Carolina e Josiane.
Entre os dias 24 e 25 deste mês, o Programa de Gênero e Religião, através do projeto “Teologia e sexualidade, saúde reprodutiva e direitos” realizou o curso de extensão gratuito Violência, Corpo e Corporeidade: reflexões pelos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres para capacitar docentes , discentes, pesquisadores, pesquisadoras e agentes públicos nos temas relacionados à violência contra as mulheres e corporeidade com uma perspectiva de gênero. Na manhã de terça-feira, 24, aconteceu a palestra da Profa. Dra. María Del Socorro Vivas Albán, da Universidad Pontificia Javeriana da Colômbia. Ela tratou sobre as consequências da violência física e também psicológica. Os e as participantes reuniram-se em grupos e fizeram um trabalho onde tentam transformar o negativo da violência em algo propositivo para a mudança. À tarde, falaram sobre a teologia do corpo e da corporeidade. À tarde, também foi a vez do lançamento do filme Carol, da diretora Mirela Kruel, apresentado na sala 512, às 13h. O filme conta a história de vida de Carolina Santos, coordenadora do grupo Inclusivass, sua trajetória de 15 anos sobre uma cadeira de rodas e a superação após ter sido vítima de violência doméstica. O grupo é apoiado pelo Coletivo Feminino Plural. “Assim como eu aprendi muito aqui as pessoas também aprenderem, a minha militância foi apresentada aqui. A parceria que formamos com o Coletivo, as Inclusivass e a Faculdades EST é muito importante”, ressaltou Carol. O grupo Inclusivass é formado por mulheres com ou sem deficiência do estado do Rio Grande do Sul, que lutam pelos direitos das mulheres com deficiência. “Esse grupo luta para acabar com as desigualdades. Sabemos que é uma longa luta, mas o grupo é um primeiro passo. Várias mulheres, na sua diversidade, conseguem lutar por esse empoderamento”, salienta Carol, ao falar do Grupo Inclusivass. Na quarta-feira, 25, a Profa. María Del Socorro deve focar sua palestra na construção de gêneros em geral. “Desde uma perspectiva equitativa, onde podemos construir uma sociedade e um espaço igualitários, livres, como possibilidade efetiva para todos que habitam nesse contexto”, afirmou María Del Socorro. Jornalista responsável: Mariana Bastian Tramontini - 
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Fonte:http://www.est.edu.br/

Inscrição em cadastro pode diminuir burocracia para pessoa com deficiência

Cristovam Buarque foi o relator do
projeto na CDH

Os cidadãos inscritos no Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência podem ser dispensadas de apresentar provas adicionais de sua condição para usufruir de benefícios em leis e demais atos normativos federais, estaduais, municipais ou do Distrito Federal. A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou, nesta quarta-feira (18), projeto com esse objetivo (PLS 333/2014), na forma do substitutivo apresentado pelo relator, senador Cristovam Buarque (PDT-DF).


O texto, que segue agora para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ),estabelece que a inscrição no Cadastro Nacional será precedida da avaliação biopsicossocial da deficiência. Assim, no caso de inscrever-se em concursos públicos, por exemplo, a pessoa com deficiência não precisará comprovar novamente a deficiência física. Se aprovada na CCJ, a proposta do ex-senador Pedro Taques, hoje governador do Mato Grosso, seguirá à Câmara dos Deputados.

— Uma das maiores dificuldades para essas pessoas é comprovar a deficiência cada vez que pretende utilizar um serviço ou acessar um direito, principalmente em áreas como saúde, educação, transporte e assistência social — destacou o senador, frisando que a prévia inscrição no cadastro eliminará essa burocracia.
O projeto, apresentado pelo então senador Pedro Taques, atual governador de Mato Grosso, segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, onde receberá decisão terminativa.


Fonte: Senado

Senado Aprecia Projeto Ampliando Faixa de Renda para Concessão do BPC


Está na Comissão de Assuntos Sociais do Senado o projeto de lei do senador Paulo Paim que amplia a faixa de renda para concessão do Benefício da Prestação Continuada (BPC) (PLS 212/2013).

Hoje têm direito ao BPC pessoas com renda familiar per capita de R$ 197 (¼ do salário mínimo). Pela proposta, o limite amplia para R$ 591 (¾ do mínimo).

Relatei a proposta na Comissão de Direitos Humanos a favor da matéria. Trata-se de uma demanda antiga das pessoas com deficiência e familiares. A faixa de renda para receber o BPC só beneficia quem vive em condições miseráveis.

Um grande número de idosos e pessoas com sérios comprometimentos físicos continuam à margem da proteção.

Uma questão importante: além da exigência da faixa de renda, só podem receber o benefício pessoas incapacitadas para a vida independente e para o trabalho.


Fonte: Sen. Romário Faria - via Facebook

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

PGR convida para lançamento do filme: Carol



Na próxima terça, 24, acontece na EST, como parte da programação dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, o lançamento do filme: Carol

O filme, que contara a vida da coordenadora do grupo, Carolina Santos, e toda sua trajetória nestes 15 anos sobre uma cadeira de rodas e toda sua superação após ter sido vitima de violência doméstica, será lançado na sala 512, prédio G, às 13:00h.

Fonte;npgenero.wordpress.com

Coletivo Feminino Plural propõe atividades descentralizadas durante 16 Dias de Ativismo

Imagem com fundo preto e no centro vemos o contorno do corpo de uma mulher em braco e com os braços abertos e abaixo de cada braço um contorno em vermelho como se fosse asas e a frase: 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.

A violência contra as mulheres é considerada uma violação aos direitos humanos. Em 1993, a Declaração de Direitos Humanos de Viena (ONU) considerou que a violência de gênero viola direitos fundamentais à liberdade, autonomia, autodeterminação de mulheres e meninas, resultado de uma forte campanha iniciada em 1991.
Nesse ano, 23 mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (EUA) lançaram a Campa­nha dos 16 dias de Ativismo com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. As participantes escolheram um perío­do de significativas datas históricas, marcos de luta das mu­lheres, iniciando a abertura da Campanha no dia 25 de no­vembro – declarado pelo I Encontro Feminista da América Latina e Caribe (em 1981) como o dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres – e finalizando no dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. Des­se modo, a campanha vincula a denúncia e a luta pela não-violência contra as mulheres à defesa dos direitos humanos.
Este ano, a Agenda dos 16 Dias de Ativismo na Capital é feita em parceria com Núcleo de Estudos e Pesquisa em Violência da PUCRS e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Porto Alegre, num Seminário conjunto no dia 25 de Novembro; com o Núcleo de Estudos de Gênero e Religião da Escola Superior de Teologia, para o lançamento do filme “Carol”, dirigido por Mirela Kruel sobre a vida da coordenadora do Grupo Inclusivass, no dia 24/11 ; com o Núcleo de Estudos da Prostituição e Rede Feminista de Saúde promove o filme “Um beijo para Gabriela” e um debate sobre os conceitos de “mulheres em situação de prostituição e a prostituição como trabalho”.
Nesse período ainda promove as atividades do Ponto de Cultura Feminista Corpo Arte e Expressão na Restinga, com a execução de um mural e apresentações na Semana da Restinga, bairro em que também está sendo aberta a Escola Lilás de Direitos Humanos, em parceria com a Vara de Execuções de Medidas Especiais Temporárias de Porto Alegre (VEPMA). Este projeto envolve adolescentes mulheres de 14 a 18 anos em ações de prevenção à violência com o uso do teatro e performances.
No dia 10 de dezembro, o Coletivo Feminino Plural inaugura seu espaço de estudos e pesquisas, o Acervo Enid Backes, que, em parceria com a Fundação Luterana, homenageia a socióloga cuja trajetória marcou décadas do movimento feminista no Estado. O projeto do acervo envolve oficinas e a entrega de caixas de livros às comunidades sobre temas de gênero e feminismo, além de articular-se com o Grupo de Estudos Feministas e o Ponto de Cultura Feminista Corpo Arte e Expressão, em curso na entidade.
No Brasil esta data é uma jornada de luta pelos direitos humanos e cidadania das mulheres.Mulheres organizadas exigem políticas públicas que interrompam a violência, prestem atenção integral e apoio às mulheres em redes de atendimento e a responsabilização dos agressores e assassinos. Exigem do Estado que cumpra o seu papel e propõem à sociedade a reflexão sobre o problema que se mantém como um dos crimes mais frequentes, banalizados e impunes, mesmo com a existência de leis, como a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio e a Lei da Violência Sexual.
No Brasil, segundo o recém lançado Mapa da Violência, entre 1980 e 2010 foram assassinadas mais de 92 mil mulheres no Brasil, 43,7 mil somente na última década. Segundo o Mapa da Violência 2012, a violência contra mulheres no Brasil causou aos cofres públicos, em 2011, um gasto de R$ 5,3 milhões somente com internações.
Além das vítimas internadas, 37,8 mil mulheres, entre 20 e 59 anos, precisaram de atendimento no SUS por terem sido vítimas de algum tipo de violência. O número é quase 2,5 vezes maior do que o de homens na mesma faixa etária que foram atendidos por esse motivo, conforme dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde.
Ong Coletivo Feminino Plural, organização autônoma do movimento de mulheres de Porto Alegre, organiza anualmente atividades para promover a reflexão e a mobilização em torno do fim da violência de gênero. A entidade coordena um Centro de Referência para Mulheres em Situação de Violência em Canoas, em parceria com a prefeitura, implementa a campanha “Mulheres Não esperam mais – acabemos com a violência de gênero e a Aids” e participa da Campanha Ponto Final, além de integrar e apoiar o esforço de integrar os homens na luta contra a violência através da campanha He For She (Eles por Elas).
Confira abaixo ou acesse aqui a AGENDA COMPLETA: AGENDA 16 DIAS DE ATIVISMO PELO F IM DA VIOLENCIA CONTRA AS MULHERES
  • 24 DE NOVEMBRO – Apresentação do Filme “Carol”(Mirela Kruel). Parceria do Grupo Inclusivass, Coletivo Feminino Plural e a Escola Superior de Teologia. Local: Faculdades EST, São Leopoldo. 13 horas
  • 25 DE NOVEMBRO– 14 horas – Seminário – Trilhando os caminhos para uma sociedade não violenta: estratégias para o enfrentamento à violência de gênero. Núcleo de Estudos e Pesquisa em Violência – NEPEVI da PUCRS/ Coletivo Feminino Plural/ Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos/ Comdim/Porto Alegre. Prédio 40 – PUC – Entrada Franca – Inscrições Prévias.
  • 25 DE NOVEMBRO – 18 horas – Grupo de Estudos Feminino Plural – Leituras de Simone Beauvoir e Betty Friedman. Local: Coletivo Feminino Plural.
  • 27 DE NOVEMBRO– 18 horas – Break, Rap, Vídeo, Capoeira pelo Fim da Violência Contra as Mulheres – Ponto de Cultura Feminista Corpo Arte e Expressão – Semana da Restinga (Coletivo Feminino Plural, Frente de Mulheres do HipHop).
  • 29 DE NOVEMBRO – Mural Feminista – Oficina de Grafite  sobre Direitos Humanos das Meninas – do Ponto de Cultura Feminista Corpo Arte e Expressão na Restinga (Coletivo Feminino Plural, Frente de Mulheres do HipHop).
  • 3 DE DEZEMBRO– Oficina de abertura da Escola Lilás de Direitos Humanos na Restinga – Projeto em parceria com a Vara de Execuções Criminais do TJ/RS.
  • 5 DE DEZEMBRO– Curso para Lideranças sobre Empoderamento Político das Mulheres  – reafirmando os Direitos Humanos e a Cidadania – Parceria da Campanha Mulheres Podemos e Coletivo Feminino Plural . A confirmar local.
  • 6 DE DEZEMBRO– Apoio à Ação pública da Campanha Internacional HE FOR SHE – Eles por Elas –Parceria com a Campanha e a Frente Parlamentar dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres/ Coletivo Feminino Plural/Onu Mulheres.
  • 8 DE DEZEMBRO– 15 HORAS – Apresentação do filme “UM BEIJO PARA GABRIELA” (Laura Maureen) e debate sobre os conceitos de “mulheres em situação de prostituição” e “prostituição como trabalho”. Núcleo de Estudos da Prostituição/NEP, em parceria Coletivo Feminino Plural, Rede Feminista de Saúde, Forum de Ongs Aids/RS e Espaço Gabriela Leite – Edifício Malcon.
  • 10 DE DEZEMBRO– Inauguração do Acervo Feminista ENID BACKES, parceria Coletivo Feminino Plural e Fundação Luterana de Diaconia, com a presença de Enid Backes.
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Fonte:;http://femininoplural.org.br/

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Os desafios da educação inclusiva e jogos para integração em sala de aula

Imagem do ebook.


Instituições públicas e privadas têm até o dia 2 de janeiro de 2016 para se adaptarem à Lei Brasileira de Inclusão, sancionada no final de agosto deste ano. A lei implica em uma reformulação de toda a legislação brasileira, desde o Código Eleitoral até o Estatuto das Cidades. O direito ao ensino de qualidade que atenda às necessidades de crianças com deficiências é um dos temas abordados na nova lei e torna urgente a adequação de escolas e profissionais da educação para promover uma educação mais inclusiva. Para auxiliar gestores do setor neste processo, a Playmove lançou um ebook que apresenta os principais desafios para garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência, assim como jogos que favoreçam a integração em sala de aula. O material pode ser baixado gratuitamente no site da empresa.


Segundo o Censo de 2010, 24% da população brasileira tem algum tipo de deficiência, ou seja, alguma limitação visual, auditiva, motora ou intelectual. Contudo, ainda são recentes as iniciativas que promovam a inclusão social destas pessoas. Até a década de 90 as escolas brasileiras, por exemplo, trabalhavam com a concepção de que a educação para deficientes deveria ser organizada de forma paralela à educação comum. Felizmente, este cenário tem mudado ao longo dos anos e um dos principais caminhos é por meio da educação inclusiva. “Na educação infantil e no primeiro ciclo do ensino fundamental, tem se estimulado um maior uso de brincadeiras e atividades lúdicas no exercício do aprendizado, visto os melhores resultadosobtidos nessa fase”, observa o diretor geral da Playmove, Marlon Souza.


Acessibilidade em diferentes frentes


Diante deste desafio educacional e também social, a Playmove tem como meta auxiliarprofessores a promover um processo de ensino-aprendizagem acessível e integrador. Antes mesmo que disseminar conhecimento por meio do ebook, a Playmove desenvolveu a PlayTable, primeira mesa digital com jogos educativos do Brasil, pensando também no seu uso na educação inclusiva e a ferramenta tem ganhado adesão na educação especial. “Além de ser resistente, lacrada e totalmente segura porque é feita de plástico e possui cantos arredondados, a tela da PlayTable conta com uma tecnologia de sensor infravermelho, que reconhece objetos de plástico, metal, feltro, além do toque do dedo e de outras partes do corpo”, explica Souza.


Para ampliar o uso da ferramenta no contexto da inclusão social e digital, a Playmove também conta com duas iniciativas paralelas: um projeto piloto para consolidação de boas práticas e um programa de subsídio para aquisição da mesa digital. O piloto foi implantado na Escola Municipal Adelaide Starke, de Blumenau, que conta com uma sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE).


Por meio da parceria, a Playmove acompanhará de perto o uso da mesa pelos alunos da escola, para orientar de forma assertiva o desenvolvimento de jogos e estratégias de capacitação junto aos docentes. Já com o Programa PlayTable de Acessbilidade, a empresa oferece 60% de subsídio à pessoa física e 50% a instituições privadas sem fins lucrativos especializadas no atendimento a crianças com deficiência para aquisição da mesa digital. “Queremos aumentar a qualidade de desenvolvimento e inclusão digital de crianças com necessidades especiais e, para isso, planeja alcançar 100 instituições em todo o Brasil até o primeiro semestre de 2016”, conclui Souza.


Sobre a Playmove


Empresa de Blumenau (SC), fundada em 2013. A Playmove é uma empresa focada no desenvolvimento de soluções tecnológicas para educação infantil e ensino fundamental. Criadora e desenvolvedora da PlayTable, a primeira mesa digital com jogos educativos do Brasil, utilizada em escolas públicas e privadas no país. A PlayTable é uma mesa interativa e multidisciplinar, com jogos e aplicativos para crianças a partir de 3 anos de idade, voltada ao desenvolvimento das habilidades cognitivas e motoras dos pequenos. A tecnologia touch screen se caracteriza pela fácil usabilidade, inclusive, por ser acessível a crianças com deficiência.


Fonte: assessoria de imprensa por Larissa Cabral da Dialetto.

Grupo Inclusivass na Conferência Estadual de Políticas para Mulheres RS.

Da esquerda, Carolina, Liza, Josiane e Regina.
Nos dias 7 e 8 deste mês aconteceu em Porto Alegre a 5 Conferência de Políticas Públicas para mulheres que reuniu cerca de 1,200 mulheres que vieram de vários municípios.
Mulheres na sua diversidade tiveram dois dia de muito trabalho com a aprovação da plenário que aprovou o relatório foi dado continuidade ao trabalho  as políticas necessárias para o enfrentamento das desigualdades de gênero, violência contra mulher e saúde reafirmando a necessidade da luta das mulheres pelos seus direitos.
Grupos de trabalhos foram divididos em quatro eixos para debaterem sobre o trabalho desenvolvido por conselhos, entidades e movimentos sua gestão de políticas para as mulheres.
Após desenvolverem este trabalho o grupo elegeu suas delegadas que iram para a Conferência Nacional em março do ano que vem.
O grupo Inclusivass que já tinha participado da Conferência Municipal e com sua participação garantiu a continuidade do seu trabalho na Estadual, com a presença das 3 delegadas , Carolina, Regina e Josiane.
O grupo escolheu 2 delegadas para ir representar as mulheres com deficiência do RS na Conferência Nacional em Brasilia.
Liza Cenci foi como observadora e ajudou no processo.
O grupo também conseguiu neste encontro aprovar 2 moções, uma delas a "Carta das Mulheres com Deficiência do RS" e a garantia da acessibilidade universal nos encontros de mulheres eventos e seminários pois o local onde aconteceu o evento tinha pouca estrutura.
A comissão organizadora se empenhou no máximo para garantir a presença do grupo no local colocando banheiro adaptado e transporte.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Mulheres viraram empresárias para mudar a vida de minorias


Foto de Carolina e Tabaa, duas mulheres cadeirantes.


Luiza Belloni, Brasil Post



A própria condição motivou Carolina Ignarra (à esquerda) a criar a consultoria em 2008

São Paulo - O Brasil é um país de empreendedores. Um estudo do Data Popular aponta que três em cada 10 brasileiros pensam em ser patrões.

As motivações para tocar o próprio negócio geralmente giram em torno do dinheiro. Os brasileiros buscam empreender não porque sentem que têm o dom para os negócios ou porque querem ajudar, de alguma forma, a sociedade.

Com a crise econômica, aumento do desemprego e achatamento dos salários, eles procuram ocupações mais rentáveis.

Mais de 42% querem abrir o próprio negócio com a intenção de ganhar mais e crescer profissionalmente. A pesquisa foi feita entre abril e maio deste ano, em 140 municípios do País.
Há aqueles empresários, porém, que não colocam a grana no topo de suas prioridades. É o caso das quatro empreendedoras que o HuffPost Brasil entrevistou para esta reportagem.
Para elas, o que está à frente do lucro é mudar ou ajudar, de alguma forma, pessoas que sempre estiveram à margem. Da moda, dos padrões de beleza convencionais, do que é tachado por aí de "normal".

Myriam e as mulheres com câncer de mama




Foi com esse pensamento que a empreendedora Myriam Sanchez decidiu criar a Mama Amiga, loja de roupas íntimas para mulheres que passaram pela mastectomia (retirada da mama).

Myriam abriu o negócio depois de sua prima ser diagnosticada com câncer de mama e precisar se submeter a uma operação como essa aos 30 anos.

“Buscamos produtos em diversos estados brasileiros, sem sucesso. Portanto, decidimos confeccioná-los e surgiu a Mama Amiga”, contou.

Apesar de o câncer de mama ser um dos mais comuns entre as mulheres, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), não havia no Brasil à época peças para quem passava pelo tratamento.
Ela abriu em 1985 a loja que venderia peças exclusivamente para essas mulheres em São Paulo.
Hoje, o estabelecimento oferece sutiãs, camisetes, maiôs, biquínis, calcinhas e camisolas para todos os bolsos. Ela também vende próteses mamárias nacionais e importadas.
Myriam explica que os produtos são confeccionados com adaptações específicas para colocação das próteses mamárias.

“A diferença é que os produtos comercializados por outras empresas não têm esse suporte para a prótese mamária, e, quando têm, alguns muitas vezes acabam danificando as próteses de silicone.”

Ela diz que o diferencial da Mama Amiga é criar moldes atuais, com cores modernas e com rendas, entre outras opções de customização do produto.
Para isso, ela trabalha tanto com peças confeccionadas em grande escala quanto com peças mais exclusivas, feitas artesanalmente.
Apesar de não ter uma renda fixa mensal com a loja, a Mama Amiga é a menina dos olhos da dona Myriam.
Aos 66 anos, ela acredita que sua missão sempre foi ajudar o próximo. “Sou assistente social de formação e aqui renovo minha missão diariamente. Temos clientes de longa data que são consideradas amigas.”
Uma das maiores satisfações, segundo a empreendedora, é ver a mudança na autoestima de suas clientes:


“Muitas mulheres chegam à loja com baixa autoestima, às vezes até choram ao se olhar no espelho pelo fato de se sentirem abaladas com a perda da mama. Aqui na Mama Amiga, parece que ocorre uma transformação, elas vão experimentando diversos produtos e vendo que existe um lugar onde elas podem fazer as pazes com a feminilidade, encontrando produtos diferenciados e até sexy. Portanto, saem de cabeça erguida e com um sorriso no olhar.”

Carolina e as pessoas com deficiência


O negócio criado e comandado por Carolina Ignarra trata da inclusão de pessoas com deficiência física e/ou intelectual no mercado de trabalho. Por isso, sua consultoria especializada leva no nome o verbo da mudança: Talento Incluir.
Sua própria condição a motivou a criar a consultoria em 2008 em São Paulo. Sete anos antes, Carolina sofreu um acidente de moto e virou cadeirante.
Ela tinha acabado de se formar em educação física. “Três meses depois do acidente, quando eu achava que eu estava inválida, minha gestora me convidou para voltar ao trabalho.”
Aos poucos, Carolina voltou a dar aulas de ginástica laboral, e a procura das empresas pelo seu trabalho começou a aumentar — mas não da forma que ela gostaria.


“As empresas queriam me contratar, fazendo propostas que não combinavam com meu perfil”, conta. “Entendi que elas, pressionadas pela Lei de Cotas, queriam contratar deficiências e não profissionais.”

Foi nesse período que ela percebeu que poderia investir em um negócio que conseguisse integrar as competências dos profissionais com deficiência com as necessidades reais das empresas que querem cumprir a Lei de Cotas.

Hoje, a consultoria desenvolve as empresas e os talentos interessados no sucesso dessa relação.
Segundo Carolina, a maior dificuldade do dia a dia é incentivar a mudança da imagem da pessoa com deficiência, tanto na visão do mercado de trabalho como do próprio profissional:


“Muitas pessoas com deficiência foram paternalizadas e sentem-se pressionadas demais pelo competitivo mercado de trabalho. Tentamos desenvolver o comportamento das pessoas para atuação com mais igualdade na sociedade.”

Carolina estima que mais de 1.000 profissionais com deficiência já passaram pela consultoria. Um deles marcou a trajetória da empreendedora:

“Incluímos um rapaz com deficiência intelectual que era homossexual. Talvez esse tenha sido o mais marcante, pois ele não tem intelecto preservado para falar da homossexualidade dele de forma discreta. Por isso, precisamos preparar a equipe dele para evitarmos exclusão e preconceitos pelos dois motivos. E foi um sucesso o relacionamento interpessoal no trabalho dele. É muito gratificante.”

Com sete anos de mercado, a Talento Incluir já atendeu mais de 300 empresas, como Itaú, Santander, Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Duratex e Gol Linhas Aéreas.
Com um mercado crescente — o IBGE estima que o Brasil tenha 45,6 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência — e poucas empresas que prestam tal serviço, Carolina diz que a crise não chegou à sua firma.

“Estamos fazendo um ótimo ano, com faturamento até acima do esperado. Para o próximo ano, vamos inovar para atender demandas dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro”, finaliza a empreendedora.

Andrea e as gordinhas



Foto de Andressa





Mirar no público que não está nos holofotes da maioria das confecções rendeu sucesso profissional a Andrea Vasques, dona da Andrea Vasques Moda Plus Size. Sua motivação para criar o negócio foi não encontrar lingeries bonitas e sexy para ela mesma.

“Estava acima do peso e não achava lingeries bonitas, só comprava nas cores básicas, principalmente na cor bege. Comecei a investigar e vi que não tinha distribuidores, apenas um que vendia lingeries básicas. Foi então que nasceu a ideia.”

Depois de muita procura, Andrea encontrou um distribuidor com opções diferenciadas. “Comprei lingeries de renda, de cores variadas e estampas lindíssimas, e percebemos que as mulheres com sobrepeso não estão acostumadas com essas opções. Muitas diziam: ‘isso é pra mim? Tem o meu tamanho?’”, lembra.
A empresária começou a vender em 2010 as lingeries sexy em feiras de bairros de Brasília, onde vive. “Depois de investirmos em lingeries e espartilhos, ampliamos para lingeries do dia a dia e, depois, para outras peças.”
Dois anos e meio depois, Andrea abriu a própria loja com preços acessíveis. “Tem sutiãs de R$ 70 a R$ 210.”
Os produtos seguem a moda e têm características específicas para as mulheres com sobrepeso. Os sutiãs, por exemplo, têm alças mais largas e reforçadas.
Mas o principal trabalho na loja não é a busca pelos melhores modelos ou vendas mas sim da autoestima das clientes.

“Existe o público que procura e não acha. Mas existe outro que acha que só pode usar lingeries quando emagrecer. Um trabalho que a gente faz é mostrar que qualquer uma pode usar o que quiser e se sentir bonita assim.”
Segundo Andrea, é um trabalho de formiguinha: novas clientes entram, não acham que a peça vai ficar bem nelas, e é preciso convencê-las a experimentarem.

“Elas vão se permitindo." Os planos para o futuro incluem entrar no e-commerce para atender mulheres de todo o País.


Dariene e os cadeirantes



Foto de Dariene e um rapaz cadeirante


Estar na moda chega a ser um detalhe quando você não consegue encontrar roupas que nem sequer se adaptam à sua condição física.
Essa é a realidade de milhares de brasileiros com deficiência — e a principal razão para a fisioterapeuta Dariene Rodrigues ter criado a Lado B Moda Inclusiva, loja virtual que produz peças exclusivas para esse público.
Ainda quando exercia sua profissão, Dariene já sentia a necessidade de peças mais acessíveis para seus pacientes:

“Trabalho há 15 anos com pessoas com algum tipo de deficiência física, como cadeirante, que usa próteses, têm partes do corpo amputadas. Eles sempre reclamavam das roupas. Sem muita opção, usavam moletons e eles próprios tinham de fazer adaptações.”

Antes de imaginar ter a própria empresa, uma das poucas que existem no Brasil, Dariene rabiscou em 2012 um modelo de calça que seria interessante para seus pacientes.
Ela procurou uma modelista para recriar o desenho, que era uma calça com adaptações, com uma abertura frontal com velcro para facilitar o cateterismo. Tratava-se do primeiro modelo da futura Lado B Moda Inclusiva.
A calça caiu no gosto dos pacientes, e ela começou a apostar em outros produtos. “Fizemos bermudas e outras peças, além de ampliar o leque de deficiências”, conta. A loja foi aberta em 2013.
As peças foram ficando cada vez mais adaptadas, conta a fisioterapeuta e empresária.


“Fizemos calças e bermudas com cós com elástico, para quem usa fralda, além da abertura na frente e abertura com velcro nas laterais, para a pessoa conseguir retirar a calça ainda deitada, com facilidade de vestir e despir.”

Dariene conta que a maior dificuldade é aliar o conforto com a tecnologia têxtil. Muitos produtos, por exemplo, imitam o jeans, mas são tecidos mais agradáveis. “Tentamos unir a funcionalidade com o conforto para facilitar a vida deles.”

Hoje, a empresa tem sede em Sorocaba, São Paulo, e conta com produção artesanal, com preços que variam de R$ 140 a R$ 170.

Os negócios cresceram tanto que a ordem é expandir para todo o Brasil. Ainda para este ano, a loja virtual vai abrir a opção de microfranquia online para quem quiser empreender em outros estados.


“Daremos preferência aos empresários deficientes que queiram levar a marca para outras regiões. Isso vai diminuir o custo de operação e incentivar o empreendedorismo em um público que entende as preferências do cliente”, explica.




Fonte: Exame

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Aplicativo BioMob, um guia de locais acessíveis.

Imagem do aplicativo.

App ajuda pessoas com deficiência a encontrar estabelecimentos acessíveis em cada cidade. Dados são coletados por especialistas, mas usuários também podem avaliar


Depois de alguns anos trabalhando com pessoas com deficiência, o professor de educação física Valmir Souza concluiu que grande parte dos cadeirantes tem uma vida sedentária e limitada simplesmente porque não conseguem sair de casa. Entre as barreiras estão os problemas nas calçadas e a falta de acessibilidade no transporte público e nas edificações brasileiras.

Nasceu daí a ideia do BioMob, aplicativo para ajudar as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida a localizar (e avaliar) bares, restaurantes, academias, teatros e outros estabelecimentos, como os terminais de transportes e estações de metrô. O sistema detecta a localização do usuário e sugere locais próximos, conforme a necessidade da pessoa, seja ela um deficiente visual, cadeirante, obeso ou idoso.

Por enquanto, a base de dados tem informações sobre São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, mas o objetivo é ampliar as avaliações para outras capitais brasileiras, explica Rodrigo Credidio, outro parceiro na empreitada do BioMob. "Vamos lançar o aplicativo no dia 21 de Junho, que é o Dia Universal Olímpico, porque um de nossos objetivos é prestar um serviço sobre as condições de acessibilidade nas cidades, tanto para os viajantes brasileiros, como para os estrangeiros que vierem a Olimpíada e os Jogos Paralímpicos de 2016. O lançamento será feito na loja Google Play, com download inteiramente gratuito, e inicialmente teremos apenas a versão Android, pois é a plataforma mais difundida no país", explica Credidio.

Em julho, o Biomob ganhará também um site e poderá ser conectado de qualquer outro celular, ou de computadores, para que todos tenham acesso à ferramenta.

Avaliações de 0 a 5

Em síntese, o BioMob é um guia e vistoriador da acessibidade de locais públicos e estabelecimentos comerciais. A equipe faz avaliações presenciais com base na norma NBR 9050, atribui notas de 0 a 5 e registra fotos de todos os itens de acessibilidade (calçada, entrada, banheiro adaptado, sinalizações etc). "O aplicativo é gratuito para os usuários e também para as empresas que quiserem incluir seus estabelecimentos, desde que apresentem um nível mínimo de acessibilidade. "Não queremos apontar aqueles que não têm acessibilidade, mas mostrar e valorizar quem já tem", explica Souza.

Até o momento o BioMob tem cerca de 500 endereços cadastrados e a meta da equipe é chegar a 1.000 locais até o final de 2015. As avaliações são feitas por uma equipe de vistoriadores e por colaboradores de organizações como a Mão na Roda, Cadeira Voadora, Rio para Cadeirantes, Guia do Viajante Cadeirante, Instituto Mara Gabrilli, Mobilize Brasil, Turismo Adaptado e Milalá, entre outras.

Patrocínio

Para manter o BioMob, a dupla de empreendedores busca agora empresas que queiram comprar cotas de patrocínio e associar suas marcas à iniciativa, além de "usufruir de todo o business intelligence advindo da interação dos usuários com o aplicativo. O projeto é ambicioso e terá várias surpresas tanto para os usuários como para a rede de estabelecimentos credenciados", promete Valmir Souza.

Sai mais nos links:



Fonte: Mobilize

Cadeirante que espera horas por ônibus adaptado deve ser indenizado




Um cadeirante receberá R$ 20 mil de indenização por danos morais devido às longas esperas por ônibus adaptado às pessoas com deficiência. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul considerou vexatório o tratamento dado pela empresa de transporte público.

O deficiente físico ajuizou ação indenizatória contra a empresa de transporte coletivo e o município de Rio Grande (RS), em decorrência de longas esperas (até três horas) por ônibusespecial para cadeirantes. Em alguns casos, os veículos apresentavam adesivo de identificação especial para cadeirantes, mesmo sendo não adaptados.

A demora dos ônibus especiais, segundo o autor, fez com que ele perdesse inúmeras entrevistas de emprego, consultas médicas e seções de fisioterapia. Em determinada ocasião, contou ter sofrido ainda com piadas e deboches dos fiscais da empresa, tendo inclusive sido empurrado e sua cabeça chacoalhada. Requereu, então, a condenação da empresa e do município ao pagamento de cem salários mínimos por indenização de danos morais.

Na Comarca de Rio Grande empresa e município foram ao pagamento de R$ 5 mil. Todas as partes do processo apelaram ao Tribunal de Justiça, que reformou parcialmente a decisão.

O autor da ação pediu o aumento do valor da indenização por danos morais. Já o município sustentou sua ilegitimidade para responder à ação. Por fim, a empresa pediu a nulidade da sentença, sustentando também a inocorrência de dano moral.

O relator desembargador Umberto Guaspari Sudbrack decidiu pela rejeição do pedido da empresa. “Desbordam da esfera do mero dissabor as circunstâncias do caso concreto, as quais tampouco se qualificam como simples inadimplemento contratual”, afirmou o relator.

Quanto ao valor da condenação, Sudbrack considerou insuficiente o valor fixado na sentença e votou pelo aumento de R$ 5 mil para R$ 20 mil. Segundo ele, esse valor “repara de modo adequado o abalo decorrente da frustração do autor quanto ao longo tempo de espera para poder locomover-se, por um lado, e, por outro, dos sentimentos de impotência e de humilhação advindos da agressão sofrida”.

O relator reformou ainda a decisão quanto a legitimidade do município. Por se tratar de uma concessionária, o relator concluiu que nesse caso a responsabilidade do município é subsidiária. Sendo assim, Rio Grande só terá que pagar os danos morais somente se houve a insolvência da empresa. Os desembargadores Pedro Luiz Pozza e Guinther Spode votaram de acordo com o relator. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RS.

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Fontes: www.conjur.com.br - pessoascomdeficiencia.com.br