sábado, 19 de novembro de 2016

Colóquio sobre "Representatividade das Mulheres com Deficiência" na Feira do Livro de Porto Alegre (RS)


As Inclusivass Liza Cenci e Vitória Bernardes falaram sobre a "Representatividade das Mulheres com Deficiência" na 62ª Feira do Livro de Porto Alegre (RS) em 6 de novembro de 2016.  Durante o colóquio, apresentaram o projeto TODAS SÃO TODAS. 


Algumas falas de Liza e Vitória:


"Como cadeirante, demorei três anos para poder ir a uma reunião na escola do meu filho, até que fizeram uma rampa de acesso. Não poder entrar na escola, isso é tirar o meu direito" *(Liza)

"Fizemos uma intervenção na Cidade Baixa e vimos como é difícil o acesso (leia sobre esta intervenção clicando AQUI). Para a maior parte das pessoas, antes de sair pra um bar a preocupação é com que roupa vão. Para nós, é se vai ter ou não rampa, se vamos conseguir entrarl" (Vitória)

"Os postos de saúde não têm macas na altura adequada, não têm equipamento médico acessível. A gente não é vista pela sociedade" (Liza)

"As mulheres com deficiência não aparecem nas novelas, por exemplo. Não aparecem em lugar nenhum. Muitas vezes se sujeitam a relações abusivas dizendo: 'pelo menos ELE me quis". (Vitória)

"É por isso que a gente luta: para quebrar paradigmas" (Liza)






#PraCegoVer As fotos foram tiradas dentro da sala de vídeo do Memorial RS, onde aconteceu o Colóquio. Mostram Liza e Vitória na frente de cadeiras onde estão sentadas pessoas assistindo. Em uma das fotos, Liza está segurando um folder onde se lê TODAS SÃO TODAS. Em outras fotos (ao lado e abaixo), aparecem pessoas que estavam na plateia, assistindo. Na foto abaixo, elas aparecem lendo o folder do projeto.











Liza Cenci, integrante do Grupo Inclusivass e presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Porto Alegre (COMDEPA), deu uma entrevista ao vivo durante a Feira do Livro de Porto Alegre (RS) para o canal interno de tevê da Feira. Veja a seguir:









O colóquio sobre a Representatividade da Mulher com Deficiência foi destaque na página da Feira do Livro de Porto Alegre. Confira AQUI



quinta-feira, 3 de novembro de 2016

INCLUSIVASS no Observatório da Violência Obstétrica


A coordenadora do Grupo Inclusivass, Carolina Santos (Carol), integra o comitê do Observatório da Violência Obstétrica no Brasil, representando as mulheres com deficiência. O Observatório foi lançado em 3 de novembro de 2016, em Porto Alegre (RS). Na ocasião, Carol fez um breve relato das dificuldades que enfrentou no parto de seu filho.




Descrição da foto #PraCegoVer  No canto esquerdo da foto aparece Carol Santos. Ela está de lado, olhando para a frente. Ao fundo aparecem outras mulheres sentadas a seu lado, na plateia do auditório onde foi o lançamento do Observatório. (fim da descrição)




O Observatório da Violência Obstétrica no Brasil tem como objetivo discutir, dialogar e articular junto à sociedade civil e o Sistema Único de Saúde sobre a qualidade da assistência prestada às mulheres em seus processos de gestação, parto e abortamento. Integra a proposta da Rede Internacional de Observatórios da Violência Obstétrica, e vincula-se a um Projeto de Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.


Equipe:

Grupo Impulsor
Camilla Alexsandra Schneck (Coordenação)
Letícia Becker Vieira (Coordenação)
Maria Gabriela Curubeto Godoy
Telia Negrão
Lara Werner
Comitê da Sociedade Civil
Carol Santos
Emanuelle Aduni Goes
Janaína Marques de Aguiar
Maria Helena Bastos
Maria Luiza de Oliveira
Renata Jardim
Rubia Abs da Cruz
Ticiana Oswald Ramos
Vera Daisy Barcellos
Virgínia Leismann Moreto




Saiba mais sobre o Observatório da Violência Obstétrica

Nas fotos abaixo, alguns momentos do lançamento do Observatório:










INCLUSIVASS no 1º Encontro Estadual sobre Nanismo em Porto Alegre (RS)

Descrição da foto #PraCegoVer Lelei Teixeira está sentada em uma poltrona cor roxa, e tem na mão direita um microfone e na mão esquerda uma folha de papel. Ela parece estar lendo a folha de papel. A seu lado esquerdo aparece parte de outra pessoa sentada também. E, ao fundo, um pedaço de um banner com o símbolo do Estado do RS (fim da descrição).

A jornalista Lelei Teixeira, que escreve a coluna "Isso não é comum" (acesse aqui: http://issonaoecomum.sul21.com.br/) e integra o Grupo Inclusivass, falolu sobre MÍDIA E PRECONCEITO no 1º Encontro Estadual sobre Nanismo realizado em Porto Alegre (RS), no dia 3 de novembro de 2016, no auditório do Palácio da Justiça.

Confira aqui um trecho de sua apresentação:

Como lidar com o que chamamos de deficiência e tudo o que decorre dela, evitando o paternalismo, o fetiche, o clichê, o heroísmo, a vitimização, o estereótipo, o sensacionalismo ou o constrangimento? 
Há que se ter sabedoria para lidar com uma condição delicada, às vezes jogada em uma espécie de limbo, onde permanece intocável, invisível, pela dificuldade do enfrentamento.
A mídia, formadora de opinião para o bem e para o mal, tem um papel muito importante neste sentido: mostrar a vida como ela é, tratar de questões que envolvem a deficiência e o preconceito com naturalidade e verdade, denunciar, apontar leis que preservam os direitos das pessoas com alguma dificuldade, não alimentar mitos, nem transformar as pessoas diferentes em vítimas, super homens ou mulheres, guerreiros a serem admirados. 
Precisamos estar atentos aos efeitos do discurso dos meios de comunicação sobre a nossa condição. É necessário mostrar, instigar, fazer pensar, evitando o sensacionalismo e o desgastado discurso da superação, que não contribuem em nada para causa nenhuma.
Os anões são quase invisíveis e pouco lembrados como cidadãos e trabalhadores pela sociedade, pelos governos, pela imprensa.
Mas são absurdamente lembrados quando o assunto é fazer rir a qualquer custo.
Pela fala de alguns comunicadores, não é delegado ao anão um comportamento humano. Os comentários são típicos de quem só está interessado no estereótipo, na gargalhada fácil. Ironizam grosseiramente a condição de vida dos anões, demonstrando farta ignorância sobre a diferença e a deficiência. Precisam preencher um espaço, garantir a audiência, ser interessantes o tempo todo, num vale tudo cruel.

Descrição da foto #PraCegoVer À esquerda, aparece Lelei sentada, lendo um papel, e, a seu lado, quatro pessoas sentadas, todas participantes do painel sobre Mídia e Preconceito.